Área V.I.P

Friends, Lovers or Nothing?

○ Cabaret · Night · Tough Lover · Nathan Morel ○

Quando ele mordia o lábio era como se eu pegasse um choque, o desejo de ser aquela que morde e degusta daquela boca que foi feita sob medida para mim. Foco, foco, foco. Pra estar perto dele num clima desses eu tinha que ter esse mantra, caso contrário tudo iria explodir.
Era incrível como eu conseguia ler tudo que aquele olhar azul queria dizer, ou melhor, fazer. e eu queria muito que ele fizesse, que colocasse as mãos em mim e tomasse meu corpo bem ali.
E quando ele falou sobre a área VIP eu senti um calor absurdo em meu baixo ventre, assim como um frio na barriga, típico de quando estamos em uma montanha russa. Uma mistura de sentimentos todos ao contrário e vontades a flor da pele. Principalmente por que ele tinha entrado no jogo e estava me provocando também.
- Tantos pedidos assim? - ronronei em seu ouvido, aproveitando a proximidade dele. Era comum nós ficarmos nos provocando o tempo todo, mas tudo parecia ficar tão bem mascarado por trás da nossa amizade. Muito diferente do que estava acontecendo aqui. Nós nunca jogamos tão abertamente.
Eu poderia muito bem desconversar e levar nossa conversa a outro rumo, mas eu não queria. E respondi ao desafio implícito em seus olhos retirando o copo dos seus lábios e tomando o restante do líquido que desceu quente e espesso pela minha garganta.
Ainda o puxando pela gravata, comecei a levá-lo por entre a multidão de homens que me olhavam com malícia e cheios de desejo e admiração. E que agora olhavam Nathan, com um misto de descrença e inveja mal disfarçada.
- Então vamos fazer um tour pelo Cabaret, mor cher. - E assim o trouxe até a sala VIP, um lugar mais do que encantador. O preço para adentrar essa área era absurdo, exceto quando você tinha uma amiga de dentro.
- Esse é um privilégio que poucos tem, mesmo os mais afortunados tem limites aqui. Então eu realmente espero que você aproveite sua estadia. - Escureci um pouco mais a sala e o deixei um pouco a vontade enquanto ia preparar um drink.
Me aproximei dele e entreguei o copo com martine rosé e cerejas, meu favorito. O puxei para uma poltrona e sentei em seu colo, peguei uma cereja do copo e coloquei na boca, lentamente, sem desgrudar meus olhos dos dele. - Então... aquela lista de pedidos? Não vejo a hora de começar a atendê-los. - Mordisquei o lábio esperando que o jogo de verdade começasse logo, por que apesar de querer viver nessa fantasia para sempre, eu ainda precisava trabalhar.

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